19ª Semana Comum – Quinta-feira 15/08/13
Primeira Leitura (Js 3,7-10a.11.13-17)
Leitura do Livro de Josué.
Naqueles dias
7o Senhor disse a Josué: “Hoje
começarei a exaltar-te diante de todo Israel, para que saibas que estou
contigo assim como estive com Moisés.
8Tu, ordena aos
sacerdotes que levam a arca da aliança, dizendo-lhes: Quando chegardes à
beira das águas do Jordão, ficai parados ali”.
9Depois Josué disse aos filhos de Israel: “Aproximai-vos para ouvir as palavras do Senhor vosso Deus”.
10aE acrescentou: “Nisto sabereis que o Deus vivo está no meio de vós e que ele expulsará da vossa presença os cananeus.
11Eis que a arca da aliança do Senhor de toda a terra vai atravessar o Jordão adiante de vós.
13E
logo que os sacerdotes, que levam a arca do Senhor de toda a terra,
tocarem com a planta dos pés as águas do Jordão, elas se dividirão: as
águas da parte de baixo continuarão a correr, mas as que vêm de cima
pararão, formando uma barragem”.
14Quando o povo levantou acampamento para passar o
rio Jordão, os sacerdotes que levavam a arca da aliança puseram-se à
frente de todo o povo.
15Quando chegaram ao rio Jordão e
os pés dos sacerdotes se molharam nas águas da margem – pois o Jordão
transborda e inunda suas margens durante todo o tempo da colheita –,
16então
as águas que vinham de cima pararam, formando uma grande barragem até
Adam, cidade que fica ao lado de Sartã, e as que estavam na parte de
baixo desceram para o mar da Arabá, o mar Salgado, até secarem
completamente.
Então o povo atravessou, defronte a Jericó.
17E os
sacerdotes que levavam a arca da aliança do Senhor conservaram-se firmes
sobre a terra seca, no meio do rio, e ali permaneceram até que todo
Israel acabasse de atravessar o rio Jordão a pé enxuto.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 113A)
— Aleluia, aleluia, aleluia.
— Aleluia, aleluia, aleluia.
— Quando o povo de Israel saiu do Egito, e os filhos de Jacó, de um
povo estranho, Judá tornou-se o templo do Senhor, e Israel se
transformou em seu domínio.
— O mar, à vista disso, pôs-se em fuga, e as águas do Jordão
retrocederam; as montanhas deram pulos como ovelhas, e as colinas,
parecendo cordeirinhos.
— Ó mar, que tens tu, para fugir? E tu, Jordão, por que recuas deste
modo? Por que dais pulos como ovelhas, ó montanhas? E vós, colinas,
parecendo cordeirinhos?
Evangelho (Mt 18,21–19,1)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo,
18,21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?”
22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados.
24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna.
25Como o empregado não tivesse com que pagar, o
patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os
filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida.
26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo’.
27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.
28Ao
sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe
devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo:
‘Paga o que me deves’.
29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei’.
30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia.
31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muitos tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo.
32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste.
33Não devias, tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’
34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida.
35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”.
19,1Ao terminar estes discursos, Jesus deixou a Galileia e veio para o território da Judeia além do Jordão.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Não dá para ser casado e querer viver como solteiro. Não dá
para ser casado e pensar em fazer as coisas do seu modo, da sua maneira.
Se o casal tem uma atitude e decide se casar, precisa assumir o
matrimônio.
“Por isso, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e
os dois serão uma só carne. De modo que eles já não são dois, mas uma só
carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe” (Mt 19,5-6).
Que mistério maravilhoso o amor de Deus estar presente no coração do
homem e da mulher! Quando os dois se unem para o sacramento e a união
matrimonial, acontece a graça sublime do amor de Deus, o qual une duas
naturezas representadas no feminino e no masculino.
As tendências, os gostos, as aptidões, o modo de encarar o mundo, as
histórias de vida são tão diferentes entre homens e mulheres. Mas, de
repente, em uma graça sublime, um começa a gostar do outro; e desse
gostar cresce um sentimento que se torna amor, de modo que decidem viver
para sempre um para o outro.
Dar-se em matrimônio é uma graça que exige renúncia, sacrifício. O
matrimônio é um desafio, um mistério; ao mesmo tempo, uma graça sublime
de Deus.
O mistério do amor divino está ali escondido, presente, é um mistério
insondável, impenetrável, mas possível de ser vivido pela união do
homem e da mulher. É um desafio, pois a vida a dois não é fácil, ela
exige muita doação, sacrifício e renúncia.
Não dá para ser casado e querer viver como solteiro. Não dá para ser
casado e querer pensar só em si. Não dá para ser casado e pensar em
fazer as coisas do seu modo, da sua maneira. Se o casal tem uma atitude e
decide se casar, precisa assumir o matrimônio. Essa é a atitude da
humildade, a decisão de renunciar toda a forma de egoísmo que existe no
coração do homem.
O homem e a mulher se unem e vivem um novo desafio: ser uma só carne, formar uma única família.
Hoje, quero pedir a Deus a graça de abençoar os casamentos, abençoar
os casais que vivem essa linda aventura, esse grande desafio de se
casarem conforme a vontade do Senhor. Casar não é fácil, mas é um
mistério sublime. Vale a pena o sacrifício, a doação, no entanto é
preciso consciência e responsabilidade.
Que o Senhor conceda a cada homem e a cada mulher a graça de viverem na intensidade do amor d’Ele.
Assunção de Nossa Senhora
Hoje, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como
dogma de fé,
ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da
nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950 através da
Constituição Apostólica
Munificentissimus Deus: “A Imaculada
Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre
foi assunta em corpo e alma à glória celestial.”
Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o
Ocidente, chamava-se “Dormição”, porque foi sonho de amor. Até que se
chegou ao de “Assunção de Nossa Senhora ao Céu”, isto significa que o
Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os
méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e
oferecimentos das dores.
Maria contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido
muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o
desterro do Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio
do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a
Paixão, o Calvário, a morte do Filho e, embora tanto sofrimento, São
Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho
que havia partido como motivo de sua morte.
É probabilíssima, e hoje bastante comum, a crença de a Santíssima
Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos Apóstolos e a
perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos
de idade. A tradição antiga, tanto escrita como arqueológica, localiza a
sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrara os
mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo
sobre os Apóstolos.
Esta a fé universal na Igreja desde tempos remotíssimos. A Virgem
Maria ressuscitou, como Jesus, pois sua alma imortal uniu-se ao corpo
antes da corrupção tocar naquela carne virginal, que nunca tinha
experimentado o pecado. Ressuscitou, mas não ficou na terra e sim
imediatamente foi levantada ou tomada pelos anjos e colocada no palácio
real da glória. Não subiu ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria
virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe
concedeu como a Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, como a
Mãe de Deus.
Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!
http://www.youtube.com/watch?v=7mG27ieEMbA&feature=share&list=PL9475D181E7112C95
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