Cristo palavra de Vida , palavra de Deus agora Jesus pela sua palavra vai nos falar vai nos iluminar com sua palavra ,acolhemos está santa palavra para nós ,vem senhor fala comigo que teu servo escuta.
São Bernardo – Terça-feira 20/08/13
Primeira Leitura (Jz 6,11-24a)
Leitura do Livro dos Juízes.
Naqueles dias, 11veio o anjo do Senhor e sentou-se debaixo de um carvalho que havia em Efra, e pertencia a Joás, da família de Abiezer. Gedeão, seu filho, estava sacudindo e limpando o trigo na eira, para o esconder dos madianitas, 12quando o anjo do Senhor lhe apareceu e disse: “O Senhor está contigo, valente guerreiro!”
13Gedeão respondeu: “Se o Senhor está conosco, peço-te, Senhor, que me digas por que nos aconteceu tudo isto? Onde estão aquelas tuas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: ‘O Senhor nos tirou do Egito’? Mas agora o Senhor nos abandonou e nos entregou nas mãos dos madianitas”. 14Então o Senhor voltou-se para ele e disse: “Vai, e com essa força que tens livra Israel da mão dos madianitas. Sou eu que te envio”. 15Gedeão replicou-lhe: “Dize-me, te peço, meu Senhor, como poderei eu libertar Israel? Minha família é a mais humilde de Manassés, e eu sou o último na casa de meu pai”.
16O Senhor lhe respondeu: “Eu estarei contigo, e tu derrotarás os madianitas como se fossem um só homem”. 17E Gedeão prosseguiu: “Se achei graça diante de ti, dá-me um sinal de que és tu que falas comigo. 18Não te afastes daqui, até que eu volte, com uma oferenda para te apresentar”.
E o Senhor respondeu: “Ficarei aqui até voltares”. 19Gedeão retirou-se, preparou um cabrito e, com uma medida de farinha, fez pães ázimos. Pôs a carne num cesto e o caldo numa vasilha, levou tudo para debaixo do carvalho e lhe apresentou.
20O anjo do Senhor lhe disse: “Toma a carne e os pães ázimos, coloca-os sobre esta pedra e derrama por cima o caldo”. E Gedeão assim fez. 21O anjo do Senhor estendeu a ponta da vara que tinha na mão e tocou na carne e nos pães ázimos. Levantou-se então um fogo da pedra e consumiu a carne e os pães. E o anjo do Senhor desapareceu da sua vista.
22Percebendo que era o anjo do Senhor, Gedeão exclamou: “Ai de mim, Senhor Deus, porque vi o anjo do Senhor face a face!” 23Mas o Senhor lhe disse: “A paz esteja contigo, não tenhas medo: não morrerás!” 24aEntão Gedeão construiu ali mesmo um altar ao Senhor e o chamou: “O Senhor é paz”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
— O Senhor anunciará a paz para o seu povo.
— O Senhor anunciará a paz para o seu povo.
— Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a paz que ele vai anunciar. A paz para o seu povo e seus amigos, para os que voltam ao Senhor seu coração.
— A verdade e o amor se encontrarão, a justiça e a paz se abraçarão; da terra brotará a fidelidade e a justiça olhará dos altos céus.
— O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a nossa terra nos dará suas colheitas; a justiça andará na sua frente e a salvação há de seguir os passos seus.
Evangelho (Mt 19,23-30)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 23Jesus disse aos discípulos: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no reino dos Céus. 24E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”. 25Ouvindo isso, os discípulos ficaram muito espantados, e perguntaram: “Então, quem pode ser salvo?” 26Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível”.
27Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Vê! Nós deixamos tudo e te seguimos. Que haveremos de receber?” 28Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. 29E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. 30Muitos que agora são os primeiros, serão os últimos. E muitos que agora são os últimos, serão os primeiros.
— Palavra da Salvação.
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 23Jesus disse aos discípulos: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no reino dos Céus. 24E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus”. 25Ouvindo isso, os discípulos ficaram muito espantados, e perguntaram: “Então, quem pode ser salvo?” 26Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas para Deus tudo é possível”.
27Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Vê! Nós deixamos tudo e te seguimos. Que haveremos de receber?” 28Jesus respondeu: “Em verdade vos digo, quando o mundo for renovado e o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, também vós, que me seguistes, havereis de sentar-vos em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. 29E todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos, campos, por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá como herança a vida eterna. 30Muitos que agora são os primeiros, serão os últimos. E muitos que agora são os últimos, serão os primeiros.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Evangelho de hoje nos apresenta Jesus com o Jovem rico que perguntou a Jesus como entraria no reino dos céus ? a pergunta de Jesus foi clara observa aos mandamentos ele disse , já observo desde a minha juventude. Jesus respondeu certo falta uma coisa vá e vende tudo que possuis e encontrará tesouros do céu. O Jovem foi embora triste porque era muito rico não queria abandonar tudo que tinhas para se entregar a pobreza. Jesus queria que aquele jovem deixasse essa vida desregrada de riqueza para possuir a herança eterna do que ter tudo e não ter nada, Muitos querem ter ,quer possuir ,quer esbanjar , que ,porque quer essa é a vida de quem tem dinheiro ,quem quiser chegar a vida eterna deixe tudo para os pobres ,pois o nosso dinheiro um dia acaba ,mas a nossa dignidade não,quem ajuda o mais pobre ajuda a Deus.
A pergunta de Jesus foi bastante clara'' observa aos mandamentos '' Ele disse : quais são Jesus fala não matar ,não furtar honrar pai e mãe.etc.... Muitas vezes não fazemos isso pois todo homem peca todo dia mata um a um,todo dia assiste televisão só passa é morte,violência em cima de violência, tudo isso e muito mais, esta foi uma pergunta para nós pensarmos o que está errado para nós? pensemos ! Jesus termina: “Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no reino dos Céus. E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus. O Rico não entra no céu porque? porque a riqueza nos afasta de Deus ,não estou dizendo que o dinheiro é ruim não é muito bom ter dinheiro ,mas muitos fazem do dinheiro seu ''deus'' ,isso não é bom ,mas é bom para o nosso dia a dia trabalho ,contas serem pagas etc. cuidado com que fazes com o seu dinheiro. Seja honesto com ele saiba usar com sabedoria e inteligência. Receberá sem vezes mais disse Jesus ajudar o próximo que precisa é muito bom e agrada a Deus, não seja ganancioso querer só pra si ,ganhar mais ,ter mais do que os outros, cuidado pois o seu trabalho não será produtivo.
São Bernardo
Hoje com muita alegria celebramos a santidade do abade e doutor da Igreja: São Bernardo. Nascido no Castelo de fontaine em 1094, perto de dijon (França), pertencia a uma família nobre, a qual se assustou com sua decisão radical de seguir Jesus como monge cisterciense.
São Bernardo é considerado pela Família Cisterciense um segundo fundador, pois atraía a tantos para a Ordem, que as mães e esposas afastavam os filhos e maridos do santo; tamanho era real o poder de atração de Bernardo que todos os irmãos, primos e amigos o seguiram. Homem de oração, destacou-se como pregador, prior, místico, escritor, fundador de mosteiros, abade, conselheiro de Papas, Reis, Bispos e também polemista, político e pacificador.
Aconteceu que São Bernardo, mesmo sendo contemplativo, entrou no concreto da realidade da sua época, a ponto de participar de várias polêmicas internas e externas da Igreja da época.
No ano de 1115, o seu abade Estevão mandou-o com doze companheiros fundar, no Vale do Absíntio, aquilo a que São Bernardo chamou Vale Claro (Claraval). Do Mosteiro de Claraval, o santo irradiava a luz do Cristianismo, isto também pelos escritos, como o Tratado do Amor de Deus e o Comentário ao Cântico dos Cânticos; a invocação é fruto de sua profunda e sólida devoção a Nossa Senhora: “Ó clemente, ó piedosa, ó doce e sempre Virgem Maria”. Pela Mãe do Céu, foi acolhido na eternidade em 1153.
Escreveu numerosas obras, milhares de cartas, mais de 300 sermões; interveio em todas as disputas doutrinais, em todas as grandes questões religiosas e seculares da época. Por ordem de tempo, considera-se o último dos Padres da Igreja. Um seu editor, falecido em 1707, Mabillon, escreveu sobre ele: “É o último dos Padres mas iguala os maiores”.
São Bernardo de Claraval
Varão
de fogo, conselheiro de papas e monarcas, denominado pelo Papa
Inocêncio II de “muralha inexpugnável que sustenta a Igreja”, São
Bernardo foi também admirável arauto da Virgem Maria e um dos primeiros
apóstolos da mediação universal da Mãe de Deus. O doutor melífluo,
“último dos padres, mas certamente não inferior aos primeiros”,
distinguiu-se por tais dotes de mente e de espírito, enriquecidos por
Deus com dons celestes, que pareceu dominar totalmente nas múltiplas e
turbulentas vicissitudes da sua era, por santidade, sabedoria, suma
prudência e conselho na ação. Por isso, não só os romanos pontífices e
escritores da Igreja católica, mas também não raramente os próprios
hereges lhe tributam grandes louvores.
Não
há ninguém, por assim dizer, em toda a cristandade que ignore o fruto
que ele produziu na casa de Deus com sua palavra e exemplo, visto que
difundiu as instituições da nossa santa religião até às terras
estrangeiras e bárbaras… e fez voltar uma infinita multidão de
pecadores… à reta prática da vida espiritual”. “Ele foi com efeito, como
escreve o Cardeal Barônio, – homem verdadeiramente apostólico,
autêntico apóstolo enviado por Deus, poderoso em obras e palavras,
tornando célebre em toda a parte e em todas as coisas o seu apostolado
com os prodígios que o acompanhavam, de maneira que se deve dizer que em
nada foi inferior aos grandes apóstolos… ornamento e ao mesmo tempo
amparo de toda a Igreja católica”.
No
século XII a Civilização Cristã havia atingido um auge que nenhum santo
poderia ter imaginado nos albores duros e sangrentos da primeira época
da Igreja: “A filosofia do Evangelho governava os Estados; a
influência da sabedoria cristã e sua virtude divina penetravam as leis,
as instituições, os costumes dos povos, todas as categorias e todas as
relações da sociedade civil” - afirmou Leão XIII na Imortal Dei.
O
sustentáculo dessa sociedade sacral havia sido, durante mais de um
século, a santidade emanada da abadia beneditina de Cluny. Tendo-se
espalhado rapidamente por todo o Ocidente cristão, esses filhos de São
Bento influenciavam e orientavam a espiritualidade e a cultura dos povos
da Europa a partir do interior de seus imensos mosteiros, do alto dos
púlpitos, desenvolvendo uma belíssima e aristocrática liturgia e
encantando as multidões com o angélico canto gregoriano.
Entretanto,
após alcançar o píncaro, a grandeza de Cluny desvanecia-se lentamente,
quiçá por não ter havido almas generosas que, no ápice do esplendor,
quisessem partir para novos extremos de santidade.
Surgiu
então, não uma instituição, mas um homem que foi o reformador da
disciplina eclesiástica, o modelo de todas as virtudes, a voz de Deus a
indicar novos rumos àquela sociedade que começava a vacilar: Bernardo de
Claraval.
Um misterioso desígnio
No ano de
1091 nascia num castelo da Borgonha o terceiro filho do senhor de
Fontaines e da virtuosa dama A alet. Pouco antes de dar à luz o menino,
teve ela um sonho tão nítido e expressivo que sua maternal intuição não
deixou de ver nele um providencial aviso sobre o futuro do filho:
tinha-lhe aparecido um cachorrinho de alvíssima pele que latia
fortemente e sem cessar. Aflita, porém, por não alcançar uma clara
interpretação que traduzisse seus pressentimentos, consultou um servo de
Deus, o qual lhe respondeu: “O menino será um grande pregador e latirá continuamente para guardar a Casa de Deus, e curará as chagas de muitas almas”.
Descendente
de duas nobres famílias e pairando sobre ele esse misterioso vaticínio,
criou-o sua mãe com especial esmero, e logo que foi possível o enviou a
uma famosa escola na cidade de Châtillon-sur-Seine.
Seu grande
talento intelectual causava admiração aos mestres e prometia-lhe uma
brilhante carreira. A índole afável e um tanto tímida de Bernardo
possuía uma nota de nobreza e amenidade que atraía muitos a ele. Em
pouco tempo, sentiu arder na alma o desejo da glória da ciência e de
uma existência mundana vivida na opulência. O demônio, o mundo e a carne
tentaram incontáveis vezes arrastá-lo para a perdição, mas, apesar
desses assaltos, conservou sempre íntegra sua inocência batismal.
Certa vez,
sentindo especial atração por uma formosa e pouco virtuosa jovem, e
querendo a qualquer preço evitar a menor falta, lançou-se num pequeno
lago de água gelada (era inverno) e lá permaneceu, submergido até o
pescoço, e dali o retiraram quase sem sentidos.
O chamado do Senhor
e cheio de sobrenatural certeza, e dirigiu-se para um mosteiro quase
desconhecido, fundado não havia muito tempo pelo santo abade Contava
Bernardo 21 anos de idade, e a graça divina havia muito batia às portas
de seu coração ardente: “Para que vieste ao mundo”? Esta pergunta
vinha-lhe à mente com frequência cada vez maior.
A
radicalidade da vida monástica atraía aquela alma feita para grandes
atos de heroísmo: abandonar honras, riqueza e família, consagrar-se para
sempre ao serviço do Rei Eterno, viver daquele amor sobrenatural cujas
labaredas cresciam sem cessar em seu interior…
Entretanto, não faltavam parentes e amigos que o exortavam a seguir uma
estrada mais larga: grandes glórias mundanas prometiam as incomuns
qualidades do jovem Bernardo; sua precária saúde e débil compleição não
suportariam as austeridades da vida religiosa; pode-se também servir a
Deus sem enterrar num claustro os talentos de tão gentil caráter…
Afligido por
esses pensamentos e combates, entrou certo dia numa igreja e implorou
uma luz celeste que lhe desse a conhecer, sem sombra de dúvida, o
desígnio de Deus a seu respeito. E o Senhor não tardou em socorrer seu
escolhido que a Ele clamava.
Levantou-se
Bernardo fortalecido e cheio de sobrenatural certeza, e dirigiu- se para
um mosteiro quase desconhecido, fundado não havia muito tempo pelo
santo abade Roberto de Molesmes e situado num bosque não distante do
castelo de sua família: Cister.
Entretanto, não
quis partir só para aquele austero claustro onde nascia, em meio a
dificuldades sem conta, uma nova ordem religiosa: com inspirada
eloquência, arrastou consigo seu tio materno, quatro irmãos e mais
trinta cavaleiros companheiros seus!
O
último irmão de Bernardo, por ser ainda muito novo, escutou as
seguintes palavras: “Fica com Deus. Nós partimos para o mosteiro e te
deixamos todos os nossos haveres”. Desolado, o menino respondeu: “Vós
conquistais o Céu e me deixais a terra? Má partilha esta”! E poucos dias
depois, bateu àquelas benditas portas que já tinham acolhido seus cinco
irmãos mais velhos…
O vale da luz
Se exíguo
tinha sido durante muitos anos o número de monges de Cister, logo
ficaram estreitas, graças a Bernardo, suas rudes paredes de pedra.
Por ordem de
seu superior, agora Santo Estevão Harding, partiu ele, acompanhado de
doze companheiros, a fundar uma nova abadia. Tinha apenas 25 anos.
A paragem escolhida foi um isolado e sombrio vale, temido por causa dos ladrões que ali se refugiavam. Mas em
pouco tempo a floresta cedeu lugar aos campos cultivados, os muros
começaram a elevar-se, vozes puras e varonis fizeram ecoar a laus
perenni naquelas vastidões, e a luz divina refletida por São Bernardo
dissipou as obscuridades do lugar, que passou a chamar-se Clara Vallis –
Claraval.
Atraídos
pela fama de santidade que logo aureolou esse mosteiro, acorreram
numerosos jovens, nobres e plebeus, cultos e ignorantes, desejosos de
seguir a Cristo na pobreza, obediência e castidade, sob a direção de
jovem abade. Passou assim de 700 o número de monges que enchiam a abadia
do vale da luz.
Voz e braço de Deus
Mas a luz
não foi feita para ser escondida e sim para iluminar e brilhar aos olhos
de todos (cfr. Mt 5, 15-16). Em vão procurava Bernardo a solidão e o
silêncio de seu amado vale. Contra sua vontade, tornou-se o conselheiro
de Papas, bispos e monarcas, o diretor espiritual da Europa medieval, o
Moisés da Cristandade.
Não
havia pregador mais ardente nem personagem com maior prestígio do que
ele. Venerado como santo pelas multidões e reconhecido como profeta e
taumaturgo, sua mera presença, suas palavras e escritos despertavam um
entusiasmo novo e combatiam vitoriosamente as heresias e os adversários
da Igreja.
Tendo-se
levantado naquele tempo um perigoso cisma na Igreja de Deus, quase todos
os fiéis vacilavam, desorientados, entre o legítimo Pontífice e um
antipapa chamado Anacleto. Teólogos e doutores discutiam com denodo
argumentos em favor de um ou de outro, sem chegar a resultados
convincentes ou definitivos. Os olhos de muitos voltaram-se então para o
santo abade de Claraval, à procura de uma palavra que resolvesse a
espinhosa questão. Acudiu Bernardo ao Concílio de todos os bispos do
reino da França, e com sua inspirada e ardente eloquência decidiu o voto
da assembléia em favor do legítimo Papa, Inocêncio II.
Entretanto, o
incêndio da divisão não se extinguiu imediatamente. Na província da
Gasconha, o orgulho de um bispo sustentado pela ambição de um conde da
região, ainda se levantava contra o verdadeiro pastor da Santa Igreja.
O Papa
enviou São Bernardo para pôr fim a esta triste situação, na expectativa
de que a sabedoria do santo triunfaria onde os raciocínios dos teólogos
haviam fracassado. Mas em vão tentou ele reduzir à justa obediência o
agitado espírito do bispo revoltado. Procurou, então, convencer o
despótico conde, demonstrando-lhe a loucura de sua posição. Ambos,
porém, ébrios de orgulho, obstinavam-se no erro.
Contristado
ante tanta maldade, mas decidido a fazer prevalecer a autoridade do Sumo
Pontífice, convocou Bernardo todo o povo à catedral da cidade e
celebrou solenemente o Santo Sacrifício do altar. Após a Consagração,
levando em suas mãos o Santíssimo Sacramento sobre uma patena, dirigiu-
se à praça onde se encontrava o conde que, por estar excomungado, não
podia entrar no templo. Olhando-o severamente, disse-lhe com voz
ameaçadora: “Nós te rogamos e tu nos desprezaste; muitos servos de Deus
suplicaram e tu de ninguém fizeste caso. Eis que o Filho da Virgem,
Cabeça e Senhor da Igreja que tu persegues vem à tua presença! É o Juiz
em cujas mãos um dia tua alma cairá. Vejamos se também a Ele viras as
costas como a nós as tornaste”!
Como outrora
os vendilhões do Templo de Jerusalém haviam fugido diante do Mestre
irado, o infeliz conde, ao escutar essas palavras, rolou por terra,
aterrorizado. Levantou-se depois, tocado finalmente pela graça de Deus,
prostrou-se cheio de arrependimento aos pés do santo abade e fez tudo
quanto este lhe ordenou. Travou mais tarde tão estreita amizade com
Bernardo que, seguindo seus santos conselhos, abandonou o mundo e acabou
seus dias num convento. O bispo recalcitrante, porém, obstinado em sua
malícia, foi um dia achado morto em sua cama, sem confissão nem viático.
Arauto de Nossa Senhora
Mas este
varão de fogo, denominado pelo Papa Inocêncio II de “muralha
inexpugnável que sustenta a Igreja”, passou para a História com o título
de “Doutor Melífluo”, porque a unção de suas exortações levava todos a
afirmar que seus lábios destilavam puríssimo mel.
Quem, no mundo cristão, não conhece a incomparável e doce prece “Lembrai- vos”, a ele atribuída? Foi um dos primeiros a chamar de “Nossa Senhora” a Mãe de Deus.
Conta a tradição que, escutando certa feita seus irmãos cantarem a
Salve Regina, irrompeu de seu coração pervadido de enlevo a tríplice
exclamação que hoje coroa esta oração: “Ó clemente, ó piedosa, ó doce
sempre Virgem Maria!” Foi também um dos primeiros apóstolos da mediação
universal de Maria Santíssima, deixando esta doutrina claramente
consignada em numerosos sermões:
“Porque
éramos indignos de receber qualquer coisa, foi-nos dada Maria para, por
meio d’Ela, obtermos tudo quanto necessitamos. Quis Deus que nós nada
recebamos sem haver passado antes pelas mãos de Maria. (…) Com o mais
íntimo de nossa alma, com todos os afetos de nosso coração e todos os
sentimentos e desejos de nossa vontade, veneremos a Maria, porque esta é
a vontade d’Aquele Senhor que quis que tudo recebamos por Maria”.
“Vinde, bendito de meu Pai”
Retornando
de uma missão apostólica, quando já estava com 63 anos de idade, curou
uma mulher cega, na presença de uma enorme multidão que acorria para
venerá-lo. Foi o último milagre realizado na sua existência terrena.
Ao chegar a
seu amado mosteiro de Claraval, sentia-se desfalecer. Mas transbordava
de sua alma a serena confiança do navegante que finalmente avista o
porto anelado.
Ele mesmo, numa carta, dá conta de sua derradeira moléstia, pouco antes de partir para a eternidade: “O
sono foge de mim, para que a dor não se mitigue estando os sentidos
adormecidos. Quase tudo o que padeço são dores no estômago. Para nada
ocultar a um amigo que deseja conhecer o estado de seu amigo, e falando
não como sábio, segundo o homem interior, digo-vos que o espírito está
pronto, na carne fraca. Rogai ao Salvador, o qual não quer a morte do
pecador, que não atrase mais o meu fim, mas o guarde e ampare”.
Bispos,
abades e monges circundavam o leito onde agonizava aquele profeta do
Senhor. Choravam eles o superior que aconselhava, o doutor que ensinava,
o pai que os amava, o varão de Deus que os santificava. Mas este até o
último alento os animou e consolou, e com grande despretensão dizia que
já era tempo de um servo inútil passar a outro aquele cargo, e uma
árvore estéril ser arrancada…
No dia 20 de agosto de 1153, às nove horas da manhã, entregou sua puríssima alma a seu Criador e Redentor.
Reflexão
São Bernardo
de Claraval é claramente um dos maiores pregadores de todos os tempos.
Sua pregação magnética e seu caráter exemplar mudaram a vida de milhares
de pessoas e sua escrita continua hoje a inspirar os cristãos em toda
parte. Suas palavras eram tão doce que veio a ser conhecido como o
Doutor Melífluo (“cheia de mel”). O grande São Bernardo de Claraval
fundou mais de 40 mosteiros em toda a Europa. Ilimitada
era a confiança de S. Bernardo na intercessão de Nossa Senhora. O
“Memorarem” (Lembrai-vos) e a “Salve Rainha” são a expressão exata desta
devoção, desta confiança. À Maria Santíssima recorramos sempre, em todas
as necessidades de corpo e alma, certos de que a Mãe de Jesus será
também nossa Mãe. São Bernardo procurava vocações religiosas e
sacerdotais. Um fervoroso servidor de Deus não se contenta com sua
vocação; tudo faz para ganhar novos candidatos ao sacerdócio e à vida
religiosa. São Bernardo de Claraval, rogai por nós. Amém
São Bernardo, rogai por nós!
SENHOR AJUDA-ME A COMPREENDER OS TEUS ENSINAMENTOS ,A TUA PALAVRA NOS ILUMINA E NOS CAPACITA A SERVOS HOMENS SANTOS .
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