segunda-feira, 1 de julho de 2013

Ensinamentos da fé cristã. Purgatório estudo da doutrina da igreja católica

Purgatório


Purgatório é a condição e processo de purificação ou castigo temporário  em que as almas daqueles que morrem em estado de graça  são preparadas para o Reino do céu. A noção de purgatório é particularmente associada com o Rito latino da igreja católica, também presente nas igrejas orientais católicas (embora muitas vezes sem usar o termo específico de "Purgatório"); os Anglo s católicos geralmente também professam a crença. As igrejas ortodoxas acreditam na possibilidade de purificação das almas dos mortos, através das orações dos vivos e pela oferta da Divina liturgia ,  e muitos ortodoxos, especialmente entre os ascetas, na espera da apocatásfase Uma opinião semelhante, que admite a possibilidade de uma salvação final é registrada no Mormonismo.  O judaísmo também acredita na possibilidade da purificação após a morte e pode usar a palavra "purgatório" para apresentar a sua compreensão do significado da Geena.  No entanto, o conceito "purificação" da alma pode ser negado explicitamente em outras tradições de fé.
A palavra "purgatório" passou a se referir também a uma ampla gama de concepções históricas e modernas de sofrimento pós -morte,  e é usado, em um sentido não -específico, para qualquer lugar ou condição de sofrimento ou tormento, especialmente um que é temporário. A cultura popular também apresenta a concepção do purgatório como um lugar físico,embora a Igreja (católica) ensine que o Purgatório não indica um lugar, mas "uma condição de existência".



Céu, inferno e Purgatório

Segundo a doutrina católica, imediatamente após a morte, uma pessoa sofre o julgamento particular em que o destino da alma é especificado. No purgatório, as almas "obtém a santidade necessária para entrar na alegria do céu”. Alguns se unem com Deus no Paraíso, e em contrapartida, outros são destinados ao Inferno, sendo o inferno a morada de Satanás e de pessoas que em vida faziam muito mal ao próximo, viviam no meio do pecado, e nunca chegará a se redimir, pedir perdão sobre seus atos a Deus e tentar uma vida melhor, e ainda,lugar onde por toda eternidade pagará seus pecados e o céu seria um lugar divino, onde as pessoas que, seguiram os preceitos de Deus e propagaram a palavra, estariam na "vida eterna". No entanto, segundo a crença católica, algumas almas não estão suficientemente livres do pecado e suas consequências para entrar imediatamente no Paraíso, tais almas, em última análise, estão destinadas a se unirem com Deus no céu, e para isso devem passar pelo estado de purificação do purgatório. Algumas conseguiram, outras não, e por consequência será mandada diretamente ao inferno, condenada à tortura eterna

Pecados

O catecismo distingue entre dois tipos de pecado  , o pecado mortal é uma "grave violação da lei de Deus", que "coloca o homem longe de Deus",  e se não for recuperado mediante o arrependimento e o perdão de Deus, resulta na sua exclusão do Reino de Deus e a punição no inferno Em contraste, o pecado venial (que significa "pecado perdoável”) "não nos coloca em oposição direta com a vontade e amizade de Deus" e, embora "constitua uma desordem moral", não priva o pecador da amizade com Deus e, consequentemente, da felicidade eterna do céu
De acordo com o catolicismo, o perdão dos pecados e a purificação podem ocorrer durante a vida, por exemplo, no Sacramento do Batismo e no Sacramento de penitencia. No entanto, se esta purificação não é atingida totalmente em vida, os pecados veniais podem ser purificados após a morte.  O nome específico dado a esta purificação dos pecados é "purgatório".

Dor e fogo

Outra imagem de almas sendo purificadas pelas chamas do purgatório
O Purgatório é uma purificação que envolve um castigo doloroso, associada à idéia de fogo, semelhante ao inferno. Diversos Padres da igreja  consideram 1Corintios  3:10-15 como evidência para a existência de um estado intermediário em que as transgressões leves são purificadas, e assim a alma será salva.  Santo Agostinho  descreve o fogo da purificação como mais doloroso do que qualquer coisa que um homem pode sofrer em vida, e o Papa Gregório 1 escreveu que deve haver um fogo de purificação para algumas pequenas falha . Origenes  escreveu sobre o fogo que tem de purificar a alma. São Gregório de Nissan também escreveu sobre a purgação pelo fogo.
Teólogos interpretaram o fogo tanto como um fogo material, embora de natureza diferente do fogo natural, como uma metáfora para um grande sofrimento espiritual, que atualmente é a visão mais comum. O Catecismo da igreja católica fala de um “fogo purificador" e cita a expressão "purgatorius ignis" (fogo purificador) usado pelo Papa Gregório Magno. Ele fala do castigo temporal pelo pecado, mesmo em vida, como uma questão de "sofrimentos e provas de todos os tipos".
Jesus mostra o fogo a santa Tereza de jesus e santa Faustina  como grande tormento das almas ,o inferno é como um mar de fogo que vai queimando aos poucos as almas.
Nossa Senhora de Fátima também mostrou o inferno aos passarinhos pedindo que rezassem pelas santas almas benditas que estão no purgatório.

Orações pelos mortos e Indulgências

A Igreja Católica ensina que o destino dos que estão no purgatório pode ser afetado pelas ações e intercessão  dos vivos. Seu ensino se baseia na prática da oração pelos mortos mencionado em  11 Macabeus 2:42-46, considerada pelos católicos e ortodoxos parte da Sagrada escritura
Orações para os mortos e insurgências  na crença católica diminuem a duração do tempo que os mortos passam no purgatório. O Papa Paulo VI escreveu a indulgência é "(...) uma remissão da pena (...) através da intervenção da Igreja”.

Ensinamentos católicos

O Compêndio do catecismo da igreja católica publicado pela primeira vez em 2005, é um resumo em forma de diálogo do Catecismo da Igreja Católica. Trata-se de purgatório no seguinte diálogo:
210. O que é o purgatório?
O Purgatório é o estado dos que morrem na amizade de Deus, com a certeza de sua salvação eterna, mas que ainda têm necessidade de purificação para entrar na felicidade do céu.
211. Como podemos ajudar a purificação das almas do purgatório?
Por causa da comunhão dos santos, os fiéis que ainda são peregrinos na terra são capazes de ajudar as almas do purgatório, oferecendo orações em sufrágio por eles, em especial o sacrifício eucarístico. Eles também os ajudam dando esmolas, indulgências e obras de penitência.

  - São Gregório Magno (†604), Papa e doutor da Igreja, explicava o Purgatório a partir de uma palavra de Jesus: “No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, dizendo que se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,31). O pecado contra o Espírito Santo, ou seja a pessoa que recusa de todas as maneiras os caminhos da salvação, não será perdoado nem neste mundo, nem no mundo futuro. Mostra o Senhor Jesus, então, neste trecho, implicitamente, que há pecados que serão perdoados no mundo futuro, após a morte.

OS PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO

Catecismo Maior de São Pio X.
Todo o que tiver falado contra o Filho do Homem será perdoado. Se, porém, falar contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste século nem no século vindouro. (Mt. 12,32)
Quanto pior castigo julgais que merece quem calcar aos pés o Filho de Deus, profanar o sangue da aliança, em que foi santificado, e ultrajar o Espírito Santo, autor da graça! (Hb. 10,29)
O pontificado do Papa São Pio X de 1903 a 1914 - em seu Catecismo Maior, ensinou que são seis os pecados contra o Espírito Santo:
O pecado contra o Espírito Santo consiste na rejeição da graça de Deus; é a recusa da salvação. Implica numa rejeição completa à ação, ao convite e à advertência do Espírito Santo.
1º - Desesperar da salvação: quando a pessoa perde as esperanças na salvação, achando que sua vida já está perdida e que ela se encontra condenada antes mesmo do Juízo. Julga que a misericórdia divina é pequena. Não crê no poder e na justiça de Deus.
2º - Presunção de salvação, ou seja, a pessoa cultiva em sua alma uma idéia de perfeição que implica num sentimento de orgulho. Ela se considera salva, pelo que já fez. Somente Deus sabe se aquilo que fizemos merece o prêmio da salvação ou não. A nossa salvação pode ser perdida, até o último momento da nossa vida, e Deus é o nosso Juiz Eterno. Devemos crer na misericórdia divina, mas não podemos usurpar o atributo divino inalienável do Juízo.
O simples fato de já se considerar eleito é uma atitude que indica a debilidade da virtude da humildade diante de Deus. Devemos ter a convicção moral de que estamos certos em nossas ações, mas não podemos dizer que aos olhos de Deus já estamos definitivamente salvos.
Os calvinistas, por exemplo, afirmam a eleição definitiva do fiel, por decreto eterno e imutável de Deus.
A Igreja Católica ensina que, normalmente, os homens nada sabem sobre o seu destino, exceto se houver uma revelação privada, aceita pelo sagrado magistério. Por essa razão, os homens não podem se considerar salvos antes do Juízo.
3º - Negar a verdade conhecida como tal pelo magistério da Santa Igreja, ou seja , quando a pessoa não aceita as verdades de fé ( Dogmas de fé, mesmo após exaustiva explicação doutrinária. É o caso dos hereges.
Considera o seu entendimento pessoal superior ao da Igreja e ao ensinamento do Espírito Santo que auxilia o sagrado magistério.
4º - Inveja da graça que Deus dá aos outros. A inveja é um sentimento que consiste em irritar-se porque o outro conseguiu algo de bom. Mesmo que você possua aquilo ou possa ganhar um dia. É o ato de não querer o bem do semelhante. Se eu invejo a graça que Deus dá a alguém, estou dizendo que aquela pessoa não merece tal graça, me tornando assim o juiz do mundo. Estou me voltando contra a vontade divina imposta no governo do mundo. Estou me voltando contra a Lei do Amor ao próximo. Não devemos invejar um bem conquistado por alguém. Se este bem é fruto de trabalho honrado e perseverante, é vontade de Deus que a pessoa desfrute daquela graça.
5º - A obstinação no pecado é a vontade firme de permanecer no erro mesmo após a ação de convencimento do Espírito Santo. É não aceitar a ética cristã. Você cria o seu critério de julgamento ético. Ou simplesmente não adota ética nenhuma e assim se aparta da vontade de Deus e rejeita a Salvação.
6º - A Impenitência final é o resultado de toda uma vida de rejeição a Deus: o indivíduo persiste no erro até o final, recusando arrepender-se e penitenciar-se, recusa a salvação até o fim. Consagra-se ao Adversário de Cristo. Nem mesmo na hora da morte tenta se aproximar do Pai, manifestando humildade e compaixão. Não se abre ao convite do Espírito Santo definitivamente.

Um comentário:

  1. purgatório existe sim é para a nossa salvação.
    e purificação dos nossos muitos e poucos pecados

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