segunda-feira, 17 de setembro de 2012

SANTO DO DIA

    santo do dia são Roberto Belarmino

17 de Setembro

São Roberto Belarmino Celebramos o grande santo jesuíta, Belarmino, que nasceu em Montepulciano, no centro da Itália, em 1542. Querido pelos pais e de muitas qualidades, era irmão de cinco religiosos, dentre os doze, que enriqueciam a família dos dedicados pais.

Quando os padres da Companhia de Jesus abriram um colégio em Montepulciano, Roberto foi um dos primeiros alunos na matrícula e no desempenho. O contato com os padres fez com que o jovem mudasse sua primeira idéia de ser médico, para inclinar-se em favor da vida religiosa jesuíta.

Depois de conseguir a permissão do pai, que ao contrário da mãe, apresentava uma certa resistência frente a opção do amável filho, Belarmino com 18 anos, iniciou e concluiu de maneira brilhante sua formação religiosa e seus estudos de filosofia e teologia, tanto que antes de ser ordenado sacerdote foi enviado como professor e pregador em Lovaina, na Bélgica, onde ficou dez anos.

Teve importante papel na aplicação do Concílio de Trento, já que ajudou na formação apologética dos teólogos e pregadores responsáveis na defesa da fé. Neste sentido Roberto, muito contribuiu ao escrever sua obra de nome "Controvérsia" e o livro chamado "Catecismo". Em sua obra "Controvérsias", Belarmino explana os seus três grandes amores. Trata da Palavra de Deus, de Cristo cabeça da Igreja e do Sumo Pontífice.

Era também diretor espiritual do Colégio Romano, tendo sob sua responsabilidade a formação ascética dos alunos que muito o respeitavam e admiravam. O Papa Clemente VIII o elevou a cardeal com esta motivação:

"Nós o escolhemos porque não há na Igreja de Deus outro que possa equiparar-se ele em ciência e sabedoria".

Quando ficou muito doente em setembro de 1621, os confrades foram testemunhas do último diálogo dele com Deus: "Ó meu Deus, dai à minha alma, asas de pomba, para que possa voar para junto de vós". Morreu no dia 17 do mesmo mês, e pelos seus escritos recebeu o título de Doutor da Igreja.
Roberto Francisco Belarmino nasceu cm Montepulciano, na Toscana, em 1542, no dia 4 de outubro, terceiro de doze irmãos, filho de pais nobres, mas sem grande fortuna, piedosos e caritativos. Cíntia Cervini, a mãe, era irmã do papa Marcelo II.

Depois das primeiras letras. Roberto Francisco matriculou-se no colégio dos jesuítas de Montepulciano. Foi jovem piedoso, dado aos estudos e excelente amigo dos colegas. Particularmente, apreciava o canto e a música.

Findo o curso no colégio de Montepulciano, o pai fez com que descansasse um ano, porque lhe reservara a carreira médica, cujos estudos seriam feitos em Pádua, e desejava tê-lo, tanto o amava, ainda por um pouco ao seu lado.

Roberto Francisco Belarmino ingressou na Companhia de Jesus no ano de 1560. Depois do um breve noviciado, começou o curso de filosofia, época em que com grande sucesso, deu-se à pregação.

Terminados os estudos de filosofia, empreendeu os de teologia, em Pádua. Ali, na catedral, por três dias, defendeu teses sobre a Retórica de Aristóteles e sobre a Suma de São Tomás conquistando plenamente os ouvintes pela sapiência e pela precocidade.

Francisco Bórgia, seu superior, enviou-o para Louvain, onde devia aperfeiçoar-se em teologia. Naquela cidade, ao mesmo tempo, foi encarregado do apostolado junto aos colegas: naquele temo, a Universidade, que rivalizava com a de Paris, reunia, fervilhando, perto de três mil estudantes.

Belarmino recebeu as ordens maiores em 1569. De aluno, o nosso Santo passou a professor de teologia. Lecionava principalmente, aos religiosos da ordem e a certo número de estrangeiros, atraídos pelo seu saber. Apoiando-se sobre os textos dos concílios, dos Padres e particularmente, sobre a Bíblia, foi obrigado a estudar o hebraico, tendo composto uma gramática daquele idioma.

Com a permissão do índex, leu e releu as obras heréticas, as quais desejava, ardentemente, refutar e os primeiros passos que ensaiou no áspero caminho foi em direção das falsas doutrinas de Baius, chanceler da Universidade de Louvain, discorrendo sobre o pecado e a graça.

Com a saúde abalada, teve que retornar a Montepulciano. Era em 1576, e daquele ano até o de l588, ocupou, por determinação do geral da Companhia, a cadeira de Controvérsias no Colégio romano.

Os ensinamentos de Francisco Roberto, naquela época, alcançavam cerca de mil ouvintes, entre os quais se achavam ingleses e germânicos, aqueles ingleses e germânicos que, nas respectivas pátrias, seriam firmes refutadores de heresias.

Às aulas do Santo tiveram sucesso estrondoso. E tantas foram às insistentes solicitações para que as imprimisse, que Belarmino assim o fé.

Foi no ano de 1686 que com ordem superior, o Doutor, contando então quarenta e quatro anos, deu a lume o primeiro volume das Controvérsias, a mais importante e mais louvada de suas obras. Nas Controvérsias, no primeiro tomo, tratou Belarmino de Deus, segundo a Tradição, do Cristo e do papa. No segundo, da Igreja militante, da Igreja sofredora e da Igreja triunfante. O segundo volume, cujo objeto, eram os sacramentos, surgiu cm 1588, e o terceiro, sobre a graça, em 1593, em edições que se sucederam cem grande celeridade, espalhando-se por Paris, Lião, Praga e outras grandes cidades da Europa.

Sem medo de errar, afoitam-se todos em afirmar que São Roberto Belarmino pode ser considerado como o maior defensor da doutrina cristã contra os heréticos de seu tempo. Clara, enriquecida com vasta e sólida documentação, toda ordem, precisão e equilíbrio, a obra do Santo é magistral, e com ela, não podem rivalizar os trabalhos católicos contemporâneos.

Em 1579. São Roberto Belarmino auxiliou Salmerom a rever os comentários do Novo Testamento. Em 1584, escreveu um tratado Sobre a transladação do império romano dos gregos aos francos, depois aos germanos, contra um feroz herético de Magdeburgo, que procurava minar a autoridade pontifical naqueles tempos.

Em 1588, o santo doutor deixou o titulo de professor de controvérsia no Colégio romano, para ser o pai espiritual daquela mesma casa. O mais ilustre dos seus dirigidos foi Luís Gonzaga, pelo qual tinha grande veneração.

Tendo exercido a direção espiritual por quatro anos, viu-se guindado à reitoria do Colégio. Sob seu governo, a casa ganhou novo vigor. Firme, mas doce, observava com minúcias tudo aquilo que devia impor aos outros. Assim, em disciplina, dando o exemplo, sempre foi o primeiro.

Dois anos depois, ou seja, em 1594, deixou Roma, e foi para Nápoles como provincial dos jesuítas, mas logo teve que retornar à capitai: morto o teólogo particular de Clemente VIII, foi solicitado para preencher aquela vaga. Pouco depois. Clemente VIII também o nomeava consultor do Santo Ofício, e logo mais, reitor da Penitenciária.

Muito embora se visse assoberbado de trabalho, nem por isso deixou de escrever. Assim, achou tempo para produzir várias obras, entre as quais a Refutação de um libelo sobre o culto dos santos, de 1596; o Grande Catecismo e o Pequeno Catecismo (este último considerado como a obra mais notável depois da do concílio de Trento, Pequeno Catecismo que São Francisco de Sales adotou e ensinou aos seus pequenos); As indulgências e o jubileu, e outras.

O papa recompensou tão devotado trabalhador, fazendo-o cardeal em 1599. Príncipe da Igreja. Belarmino tornou-se mais humilde e mais caridoso. E a todo o aparato exterior, natural a personalidade de tal porte, procurava o Santo, sempre que podia, fugir, apagar-se.

Bispo de Cápua em 1602, teve naquela cidade triunfal recepção. Acolhido com imensa alegria Belarmino ocupou aquela sé tão somente por três anos. Ali embelezou a catedral, relegada ao abandono pelos predecessores, socorreu eficazmente as igrejas mais pobres da diocese, pregou com sucesso, instituiu o ensino do catecismo como um dever que não se devia descuidar jamais.

Veneradíssimo pela bondade, pela caridade sem limites, Cápua chorou imensamente quando, em 1605, deixou-a para tomar parte no conclave que se seguiu à morte de Clemente VIII. Ao povo, que lhe bebia as palavras de despedida, anunciou, profeticamente, que jamais o reveria.

Todos julgaram que o cardeal Belarmino seria o novo papa, mas quem se alçou à cátedra de São Pedro, tomando o nome de Leão XI, foi o cardeal Alexandre de Medíeis. Leão XI, porém, deixava o mundo um mês depois da eleição. Desta vez, diziam todos, o cardeal Belarmino seria o novo pontífice. A maioria, entretanto, escolheu aquele que se denominou Paulo V, o qual não permitiu que o Santo retornasse a Cápua: necessitava dos seus serviços em Roma, de modo que ali ficou Roberto Francisco participando de diversos trabalhos, quer do Santo Ofício, quer do Index, já dos Ritos ou da Propagação da Fé.

Como membro, depois como prefeito da Congregação dos Ritos, o cardeal Belarmino ocupou-se com as causas de canonização de vários santos: Raimundo de Penãforte, Francisca Romana, Carlos Borromeu, bispo de Milão.

Quando o papa consultou o Santo Ofício a propósito de questões que a doutrina da Imaculada Conceição suscitava entre os teólogos. São Belarmino definida e promulgada oficialmente, mas as circunstâncias não o permitiriam ainda.

Embora ocupadíssimo, enredado a mil e uma tarefas, continuava a escrever. Data daqueles tempos de Paulo V o seu Comentário sobre os Salmos, principalmente, afora as cartas que escrevia, respondendo a um número imenso de personalidades espalhadas por todo o Velho Mundo, abordando os mais variados temas, resultado da extraordinária reputação de erudito.

Em fins do mês de agosto de 1621, cansado, retirou-se ao noviciado de Santo André do Quirinal, onde tinha o costume de passar alguns dias, em setembro de cada ano. Ali escreveu os últimos trabalhos, cinco tratados de ascetismo, dos quais o último foi A arte de bem morrer.

Obrigado a guardar o leito, porque uma febre insistente o perseguia sem interrupção, logo uma multidão de visitantes acorreu acercar-se do seu leito de enfermo. Piorando sempre, faleceu no dia 17 de setembro de 1621, contando setenta e nove anos de idade.

Beatificado somente em 1923, Pio XI canonizou-o em 1930, proclamando-o doutor da Igreja em 1931, no mês de setembro. Os milagres não faltaram atestar a santidade do grande Santo, que está repousando na igreja de Santo Inácio, ao lado de São Luís Gonzaga.

São Roberto Belarmino rogai por nós!!

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