Dedicação das Basílicas São Pedro e São Paulo - Terça-feira 18/11/2014
Primeira Leitura (Ap 3,1-6.14-22)
Leitura do Livro do Apocalipse de São João.
Eu, João, ouvi o Senhor que me dizia: 1“Escreve
ao anjo da Igreja que está em Sardes: ‘Assim fala aquele que tem os
sete espíritos de Deus e as sete estrelas: - Conheço a tua conduta. Tens
fama de estar vivo, mas estás morto. 2Acorda!
Reaviva o que te resta, e que estava para se apagar! Pois não acho
suficiente aos olhos do meu Deus aquilo que estás fazendo. 3Lembra-te
daquilo que tens aprendido e ouvido. Observa-o! Converte-te! Se não
estiveres vigilante, eu virei como um ladrão, sem que saibas em que hora
te vou surpreender! 4Todavia,
aí em Sardes existem algumas pessoas que não sujaram a roupa. Estas vão
andar comigo, vestidas de branco, pois merecem isso. 5O
vencedor vestirá a roupa branca, e não apagarei o seu nome do livro da
vida, mas o apresentarei diante de meu Pai e de seus anjos. 6Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às Igrejas’. 14Escreve
ao anjo da Igreja que está em Laodiceia: ‘Assim fala o Amém, a
testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: 15Conheço a tua conduta. Não és frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! 16Mas, porque és morno, nem frio nem quente, estou para vomitar-te de minha boca. 17Tu dizes: ‘Sou rico e abastado e não careço de nada’, em vez de reconhecer que és infeliz, miserável, pobre, cego e nu! 18Dou-te
um conselho: compra de mim ouro purificado no fogo, para ficares rico, e
vestes brancas, para vestires e não aparecer a tua nudez vergonhosa; e
compra também um colírio para curar os teus olhos, para que enxergues. 19Eu repreendo e educo os que eu amo. Esforça-te, pois, e converte-te. 20Eis
que estou à porta, e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta,
eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo.
21Ao vencedor farei sentar-se comigo no meu trono, como também eu venci e estou sentado com meu Pai no seu trono. 22Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas’”.
— Palavra do Senhor.
— Graças a Deus!
Ou (escolhe-se uma das leituras)
Primeira Leitura (At 28,11-16.30-31)
Leitura dos Atos dos Apóstolos.
11Depois de três
meses, embarcamos num navio alexandrino, que passara o inverno na ilha
de Malta e tinha como emblema os Dióscuros. 12Fizemos escala em Siracusa e aí permanecemos três dias. 13Depois, costeando, chegamos a Régio. No dia seguinte, levantou-se o vento sul e, em dois dias, chegamos a Putéoli. 14Aí encontramos alguns irmãos que nos pediram para ficar sete dias com eles. Em seguida, fomos para Roma. 15Os
irmãos de Roma, informados a nosso respeito, vieram receber-nos no Foro
Ápio e Três Tabernas. Ao vê-los, Paulo deu graças a Deus e sentiu-se
animado. 16Quando entramos em Roma, Paulo recebeu permissão para morar em casa particular, com um soldado que o vigiava. 30Paulo morou dois anos numa casa alugada. Ele recebia todos os que o procuravam, 31pregando o Reino de Deus. Com toda a coragem e sem obstáculos, ele ensinava as coisas que se referiam ao Senhor Jesus Cristo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 14)
— Ao vencedor, dar-lhe-ei o direito de sentar-se comigo no meu trono.
— Ao vencedor, dar-lhe-ei o direito de sentar-se comigo no meu trono.
— “Senhor, quem morará em vossa
casa?” É aquele que caminha sem pecado e pratica a justiça fielmente;
que pensa a verdade no seu íntimo e não solta em calúnias sua língua.
— Quem em nada prejudica o seu
irmão, nem cobre de insultos seu vizinho; que não dá valor algum ao
homem ímpio, mas honra os que respeitam o Senhor.
— Não empresta o seu dinheiro com usura, nem se deixa subornar contra o inocente. Jamais vacilará quem vive assim!
Evangelho (Lc 19,1-10)
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 1Jesus tinha entrado em Jericó e estava atravessando a cidade. 2Havia ali um homem chamado Zaqueu, que era chefe dos cobradores de impostos e muito rico. 3Zaqueu procurava ver quem era Jesus, mas não conseguia, por causa da multidão, pois era muito baixo. 4Então ele correu à frente e subiu numa figueira para ver Jesus, que devia passar por ali.
5Quando Jesus chegou ao lugar, olhou para cima e disse: “Zaqueu, desce depressa! Hoje eu devo ficar na tua casa”. 6Ele desceu depressa, e recebeu Jesus com alegria. 7Ao ver isso, todos começaram a murmurar, dizendo: “Ele foi hospedar-se na casa de um pecador!” 8Zaqueu
ficou de pé, e disse ao Senhor: “Senhor, eu dou a metade dos meus bens
aos pobres, e se defraudei alguém, vou devolver quatro vezes mais”. 9Jesus lhe disse: “Hoje a salvação entrou nesta casa, porque também este homem é um filho de Abraão. 10Com efeito, o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor!
ou (escolhe-se um dos Evangelhos)
Evangelho (Mt 14,22-33)
Depois que a multidão comera fartamente, 22Jesus
mandou que os discípulos entrassem na barca e seguissem, à sua frente,
para o outro lado do mar, enquanto ele despediria as multidões. 23Depois de despedi-las, Jesus subiu ao monte, para orar a sós. A noite chegou, e Jesus continuava ali, sozinho. 24A barca, porém, já longe da terra era agitada pelas ondas, pois o vento era contrário. 25Pelas três horas da manhã, Jesus veio até os discípulos, andando sobre o mar. 26Quando os discípulos o avistaram, andando sobre o mar, ficaram apavorados, e disseram: “É um fantasma”. E gritaram de medo. 27Jesus, porém, logo lhes disse: “Coragem! Sou eu. Não tenhais medo!” 28Então Pedro lhe disse: “Senhor, se és tu, manda-me ir ao teu encontro, caminhando sobre a água.” 29E Jesus respondeu: “Vem!” Pedro desceu da barca e começou a andar sobre a água, em direção a Jesus. 30Mas, quando sentiu o vento, ficou com medo e começando a afundar, gritou: “Senhor, salva-me!” 31Jesus logo estendeu a mão, segurou Pedro, e lhe disse: “Homem fraco na fé, por que duvidaste?” 32Assim que subiram na barca, o vento se acalmou. 33Os que estavam na barca, prostraram-se diante dele, dizendo: “Verdadeiramente, tu és o Filho de Deus!”
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.
Reflexão
Zaqueu significa ‘o
justo’. Pesava sobre ele dois requisitos que causavam a repulsa da
maioria das pessoas pobres, ele era rico e cobrador de impostos, mais
precisamente o chefe. Por certo ele recebia uma porcentagem sobre o
valor arrecadado. Zaqueu era o tipo da pessoa ‘impossível’ de ser salvo.
‘Procurava ver!’ Essa frase expressa que Zaqueu queria conhecer Jesus e
não apenas vê-lo por curiosidade. Ele queria saber o que aquele homem
tinha a oferecer e como se portava e falava, o porquê de atrair tantas
pessoas. ‘O recebeu com alegria!’ Essa frase demonstra o carinho e
entusiasmo de Zaqueu em ter em sua casa uma pessoa tão ilustre, mesmo
não o conhecendo tão bem, tratou-o dignamente. ‘As pessoas murmuravam. ’
Essa frase denota que pode ocorrer mais alegria pelos milagres e curas
do que pela conversão e salvação de um pecador. A ação de Zaqueu em doar
parte de seus bens e devolver quatro vezes mais à aquele que tenha
defraudado, se fosse comprovado que ele roubou, mostra o ato da sua
conversão e de valorizar a riqueza maior, Cristo. A lei determina a
devolução quadruplicada no caso de roubo. O encontro com Cristo
Salvador, parte do 1) desejo do pecador em vê-lo; 2)Proximidade e
convite; e envolve 1)aceitação; 2)arrependimento; 3)conversão e
4)Segurança – filho de Abraão – herdeiro da promessa.
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