terça-feira, 10 de junho de 2014

vós sois o sal da terra e luz do mundo ,Evangleho do dia

10º Semana Comum – Terça-feira 10/06/2014 

Santo Anjo da guarda de Portugal  

Primeira Leitura (1Rs 17,7-16)

Leitura do Primeiro Livro dos Reis.
Naqueles dias, 7secou a torrente do lugar onde Elias estava escondido, porque não tinha chovido no país. 8Então a palavra do Senhor foi-lhe dirigida nestes termos: 9“Levanta-te e vai a Sarepta dos sidônios, e fica morando lá, pois ordenei a uma viúva desse lugar que te dê sustento”.
10Elias pôs-se a caminho e foi para Sarepta. Ao chegar à porta da cidade, viu uma viúva apanhando lenha. Ele chamou-a e disse: “Por favor, traze-me um pouco de água numa vasilha para eu beber”. 11Quando ela ia buscar água, Elias gritou-lhe: “Por favor, traze-me também um pedaço de pão em tua mão!”
12Ela respondeu: “Pela vida do Senhor, teu Deus, não tenho pão. Só tenho um punhado de farinha numa vasilha e um pouco de azeite na jarra. Eu estava apanhando dois pedaços de lenha, a fim de preparar esse resto para mim e meu filho, para comermos e depois esperar a morte”.
13Elias replicou-lhe: “Não te preocupes! Vai e faze como disseste. Mas, primeiro, prepara-me com isso um pãozinho, e trazei-o. Depois farás o mesmo para ti e teu filho. 14Porque assim fala o Senhor, Deus de Israel: ‘A vasilha de farinha não acabará e a jarra de azeite não diminuirá, até o dia em que o Senhor enviar a chuva sobre a face da terra’”.
15A mulher foi e fez como Elias lhe tinha dito. E comeram, ele e ela e sua casa, durante muito tempo. 16A farinha da vasilha não acabou nem diminuiu o óleo da jarra, conforme o que o Senhor tinha dito por intermédio de Elias.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
Responsório (Sl 4)

— Sobre nós fazei brilhar o esplendor da vossa face!
— Sobre nós fazei brilhar o esplendor da vossa face!

— Quando eu chamo, respondei-me, ó meu Deus, minha justiça! Vós que soubestes aliviar-me nos momentos de aflição, atendei-me por piedade e escutai minha oração! Filhos dos homens, até quando fechareis o coração? Por que amais a ilusão e procurais a falsidade?
— Compreendei que nosso Deus faz maravilhas por seu servo, e que o Senhor me ouvirá quando lhe faço a minha prece! Se ficar­des revoltados, não pequeis por vossa ira; meditai nos vossos leitos e calai o coração!
— Muitos há que se perguntam: “Quem nos dá felicidade?” Sobre nós fazei brilhar o esplendor de vossa face! Vós me destes, ó Senhor, mais alegria ao coração, do que a outros na fartura do seu trigo e vinho novo.

Evangelho (Mt 5,13-16)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 13“Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que salgaremos? Ele não servirá para mais nada, senão para ser jogado fora e ser pisado pelos homens.
14Vós sois a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. 15Ninguém acende uma lâmpada e a coloca debaixo de uma vasilha, mas sim num candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. 16Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso Pai que está nos céus”.

— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.


Reflexão do Evangelho
 
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra.
Jesus tinha acabado de subir à montanha com as multidões para lhes apresentar o seu evangelho, as condições do Reino; mas são os seus discípulos os principais ouvintes e interlocutores. E não lhes poderia ter dado maior importância que ao designá-los “sal da terra”. Na medida certa, o sal dá um sabor especial aos alimentos e ajuda-os a conservar por longo tempo. Assim, os discípulos são o condimento especial para dar sabor à terra, aos âmbitos da vida humana. Já paramos para pensar em tamanha dignidade e tão grande responsabilidade? Como ficar de braços cruzados, se o mundo espera o nosso sabor de discípulos de Jesus? Vivamos o evangelho do Reino e o nosso mundo recuperará o sabor de Jesus.
Mas se ele perder a força, com que há de salgar-se? Não serve para nada, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens. O sabor de Cristo é o saber dar a vida. O discípulo que se desvirtua e perde o sabor, é o discípulo que se deixa vencer pelo egoísmo e se afasta do mestre e dos irmãos e, por isso, já não ama, não dá a vida, perdeu a razão de ser, como sal da terra, como discípulo da terra. Que pena, depois de tantas expectativas de Jesus em nós! Que pena, com esta terra desorientada, à espera do toque especial dos discípulos de Jesus. O sal, para dar sabor aos alimentos, dá-se, troca a sua “vida” pelo sabor que transmite aos alimentos; por isso, nada vale o discípulo que não dá este sabor de Cristo, que não se entrega e perdeu a sua identidade.
            =Vós sois a luz do mundo.
Jesus serve-se agora de uma segunda imagem para se referir aos seus discípulos: “Vós sois a luz do mundo”. A luz é o princípio da criação (Gn 1,3); Deus é luz (Sal 27,1; Jo 1,5); Jesus é a grande luz que brilhou para os que viviam nas trevas (Mt 4,16). Agora, também os discípulos de Jesus são luz, luz do mundo; é o próprio Jesus quem o atesta. Damo-nos conta da beleza da nossa vocação como discípulos, luz do mundo? Damo-nos conta da responsabilidade de sermos discípulos, sempre, a tempo inteiro? O verdadeiro discípulo é, por si só, a luz que o mundo espera.
=Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para colocá-la debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa.
Que adianta possuir a mais bela luz, se ela permanecer apagada ou escondida? Que adianta termos sido agraciados com a mais bela vocação, de discípulos de Jesus, se permanecemos inativos? A nossa identidade não se pode esconder, nem sobre o monte ou debaixo do alqueire, nem no anonimato, desinteresse, desmotivação ou falta de tempo. Como a lâmpada só mostra toda a sua utilidade quando é acesa, assim o discípulo de Jesus só tem sentido, só revela a sua verdadeira identidade se for luz do mundo: luz que dá testemunho da luz de Cristo e do seu Reino.
=Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céus».
Não é difícil constatar que o nosso mundo parece andar sem sabor e com falta de brilho! Se ousássemos viver, seriamente, a nossa vida como discípulos de Jesus, interessados por conduzir a história segundo os desígnios de Deus, certamente o nosso agir estaria repleto de boas obras, e então, seguramente, os homens voltar-se-iam para Deus, glorificando-o, fascinados pelo nosso testemunho como discípulos. O mundo precisa, urgentemente, de discípulos ousados, apaixonados, dispostos a dar sabor dando a vida, dispostos a ser luz em boas obras; ao demitirmo-nos da nossa identidade, o mundo corre o risco de mergulhar nas trevas sem retorno… Que vou decidir?
=Eis o que diz o Senhor: «Reparte o teu pão com o faminto, dá pousada aos pobres e sem abrigo, leva roupa ao que não tem que vestir e não voltes as costas ao teu semelhante. Então a tua luz despontará como a aurora e as tuas feridas não tardarão a sarar. Preceder-te-á a tua justiça e seguir-te-á a glória do Senhor. Então, se chamares, o Senhor responderá, se O invocares, dir-te-á: “Aqui estou”. Se tirares do meio de ti a opressão, os gestos de ameaça e as palavras ofensivas, se deres do teu pão ao faminto e matares a fome ao indigente, a tua luz brilhará na escuridão e a tua noite será como o meio-dia».
A primeira leitura, do livro do profeta Isaías, apresenta-nos um caminho de boas obras a praticar. A luz dos discípulos de Jesus não é estática; pelo contrário, vai ao encontro das situações de trevas dos que habitam na grande casa do mundo, seja a fome, a nudez ou as necessidades extremas, para lhes dar o brilho de Cristo. De fato, a luz de Cristo, dos seus discípulos, não fica indiferente às necessidades dos irmãos. A identidade dos discípulos de Jesus é ser como Ele, autuarem como Ele, ao encontro dos últimos, dos rejeitados, dos pobres, dos pecadores. Se assim fizermos, as trevas da noite brevemente brilharão como a luz forte do meio-dia, e os homens saberão reconhecer as nossas boas obras e glorificarão o Pai que está nos Céus.

 
                   Anjo de Portugal
 
Anjo da Paz, da Pátria, da Eucaristia. As 3 aparições deste anjo em Portugal compuseram o ciclo angélico da mensagem de Fátima.

Na primavera de 1916, as 3 crianças estavam na Loca do Cabeço (Fátima) a pastorear, quando apareceu-lhes um jovem de mais ou menos 14 ou 15 anos, mais branco que a neve, dizendo: “Não temais, sou o Anjo da Paz, orai comigo: Meu Deus eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam”. As crianças rezaram por três vezes, com o rosto ao chão. Depois ouviram do anjo: “Orai assim. Os corações de Jesus e de Maria, estão atentos à voz de vossas súplicas”. Esta oração acompanhou os pastorinhos sempre.

A segunda aparição deu-se num dia de verão, no quintal da casa de Lúcia, no Poço do Arneiro. As crianças estavam brincando sobre o poço, quando o anjo apareceu-lhes dizendo: “Que fazeis? Orai, orai muito. Os corações santíssimos de Jesus e de Maria, tem sobre vós desígnios de misericórdia… eu sou o Anjo da sua guarda, o anjo de Portugal”.

Na terceira aparição, outono do mesmo ano, novamente na Loca do Cabeço, as crianças rezavam a oração que aprenderam na primeira aparição, e o Anjo lhes apareceu com o cálice e uma hóstia. A hóstia a pingar gotas de sangue no cálice. Elas ajoelharam, e o anjo ensinou-lhes esta oração profundíssima que diz da essência da mensagem de Fátima: “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, adoro-vos profundamente. E ofereço-vos o Preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo presente em todos os sacrários da Terra. Em reparação aos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido, e pelos méritos infinitos do Seu Santíssimo Coração e do Coração Imaculado de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores”. Depois disso, o Anjo da Eucaristia, entregou a hóstia para Lúcia e o cálice entre Francisco e Jacinta e disse-lhes: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus.”

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